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Cante Alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade

06-11-2020

O começo do Cante alentejano está fortemente ligado às classes rurais que se mostravam descontentes com o trabalho, ou com a desvalorização de profissões, etc. Podemos considerá-lo como uma manifestação popular característica dos vários concelhos do distrito de Beja, mais precisamente a região do Baixo Alentejo.

É cantado em coro e sem instrumentos musicais, por grupos de homens e/ou mulheres que alternam as vozes entre si, havendo 2 vozes solistas (ponto e alto). As estrofes repetem-se, quantas vezes forem necessárias (de acordo com cada canção) e são cantadas de forma lenta e espaçada, o que lhe concerne uma certa monotonia, mas tão bela para os ouvidos.

Não só de músicas tristes e de descontentamento se faz o Cante, pois também há letras alegres com um toque irónico ou humorístico.  

Por ser tão único e genuíno, foi reconhecido pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade.

A iniciativa da candidatura partiu do Município de Serpa juntamente com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo.

Atualmente são os grupos corais, alguns deles com mais de 100 anos, que representam e mantém esta tradição. No entanto antigamente era em contextos informais que se cantavam estas modas alentejanas, durante o trabalho no campo, ou em momentos de convívio e de festa. São letras que falam de sentimentos e de momentos do dia-a-dia.

Sabia que o primeiro grupo coral surgiu em 1926?

Era associado aos trabalhadores das Minas de São Domingos, hoje desativadas, iniciativa seguida por um segundo grupo em Serpa, em 1927.

 

 Grupo Coral Feminino da Adasa
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cantealentejano, alentejo, cultura, patrimónioimaterial, património, tradição, reconhecimento, natureza, antiguidades, moura, prémios